O tempo urge
e ruge
a minha porta
o seu grito
esbaforido:
-Deita
e fica morta
sem ansiedade
ou culpa
que prometo
a eternidade
como desculpa
pra poemar
seus versos
em rimas
despejar seu coração
ranzinza
sentada
numa nuvem de algodão
(Elza Fraga)