Desejei
com tanta fé
a morte
na hora do desespero
da dor do medo
que ela veio,
bateu a minha porta
entrou
sentou no leito
me aninhou no peito
pegou a minha mão,
com bondade
me consolou
me agasalhou
com a coberta
da piedade
e quando eu já
me julgava
praticamente morta
de verdade
ela riu,
saiu correndo
gritando
Primeiro de abril
Primeiro de abril
Mas conheço agora
a figura
e mesmo sendo ela
uma doida,
sem compostura
da próxima
ela não rapa
fora
e nem me escapa
Me mata!
(Elza Fraga)
7 comentários:
Imagino o tanto que esse poema tem a dizer, e a dona morte, e vc.
Beijo, querida.
Como dizia o poeta
Eu vi a cara da morte
e ela estava viva
Rsrsrs
Mas foi um papo frutificante,
rendeu saldo positivo,
e novas esperanças de primaveras a vista.
Bitokitas, Larinha!!!
Lindíssimo, querida Elza! Faz pensar...
Mil beijos
Nossa, fui surpreendido por esse poema! Será que ela cobra a visita? Desconfio que já topei com ela por aí, nas ruas. Não trocamos palavra, mas me acena com a cabeça, olhar íntimo de quem conhece o meu futuro.
Obrigado pela lição. Um abraço.
Marcantonio,
primeiro brigadim pela visitinha.
Mas sabe que a cara da D. Morte nem é tão feia quanto pintam?
Bem, no meu caso teve cobrança, rs, a conta da farmácia, a do hospital, do CTI, tô indo de trás pra frente pra não assustar vc, rsrs.
Mas ela conhece, e bem, o futuro da gente, só que é bem humorada [ou foi comigo] e brinca de é agora, não é, é, não é. Rs.
Ela é doidinha, isso sim!
Vê se isso é jeito de morte decente? Vir só assustar?
Bitokitas, luz e VIDA!
A postagem acima foi excluída por duplicada. Caiu o mesmo comentário duas vezes. Desculpem o blog maluquinho
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