sábado, dezembro 30, 2006

ESPERANÇA


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Lá bem no alto do
décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada
miraculosamente incólume
na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome,
meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho,
para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
(Mário Quintana)

Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética",
Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118

3 comentários:

Menina do Rio disse...

Obrigada Elza!
Também andei xeretando aqui e realmente tu escreves muito!!!!!!!
Quanto ao meu bloginho, é só uma forma de desestressar, ele é o meu "saco de pancada", rs... Certa vez pensei em escrever crônicas, mas não quero correr o risco de ter meus dedinhos decepados, então deixo para os profissionais e atenho-me às minha emoções...

Adorei tua visita e vou criar um link pra tua pagina, assim não nos perdemos...

beijos linda!!!!

Naeno disse...

ESTRADA CERTA

Por esta estrada onde eu já passo por muito tempo,
É nela que vou continuar andando
Nela eu já não me assusto mais
Tudo conheço, de quase todo dela eu sei.
De vez em quando me espanto,
Mas até na frente do espelho eu me assusto,
Mas quando abro os olhos,
Porque as vezes insisto
Em não parar e não dormir,
Vejo a mesma companhia, que sempre sou eu.
E os meus pés não se enganam ao pisar,
Nesta estrada onde tanto já deixei,
Por ela eu sigo, e não voltarei,
O que deixei cair das mão ficaram lá onde estão
E se larguei, deixei por não me interessarem mais.
Voltar não se justifica mais,
Porque o que eu já andei, deixei, não olhei,
E andei sabendo que à frente é onde estão
Meus encontros assinalados, inevitáveis,
O que juntarei.
Não sou de juntar...
O que pegarei pra fazer o que for
Pra me espantar, de surpresa
Para eu andar com clareza
De que tudo, amando, apegando,
Tudo um dia deixarei nesta estrada.

Um feliz 2007. Não sejamos hipócritas, o grande mau dos homens, desejemos a todos uma vida feliz, isto engloba ano novo, carnaval, páscoa, todos rituais, e de todos Deus gosta em nos ver fazer com alegria.
Um beijo

Naeno

Anônimo disse...

Elza, amo esse poema!
Espero que a esperança nos acompanhe até o finalzinho desse Baby New Year e não fique apenas nos desejos dados, infelizmente muitas vezes por convenção, até meados de janeiro, quando todos já se acostumaram em escrever o novo Ano...
Eu espero. Esperança!