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Éramos duas apenas
irmãs em todas as horas,
emboladinhas bem perto
das mãos dos nossos afetos...
Não saíamos pra rua,
nunca vimos uma estrada,
não sabíamos que o homem
é a real fera acuada...
É a grande ameaça!...
Um dia os afetos partiram,
expulsas por covardia,
ficamos as duas unidas,
nos bastando em companhia...
Logo depois a maldade
que mora no ser humano,
tirou uma de nós duas,
a irmãzinha querida
tirou de mim,
tirou da vida...
Acho que ele pensou
que "Deus fosse" e,
com certeza,
resolveu que era a hora
dela ir para outro planeta!
Ela está lá no céu,
se existe céu de gatinhas,
e eu aqui tão sòzinha,
desamparada e com medo...
Só contem este meu segredo
-este do meu temor-
se eu sumir pro infinito,
como aconteceu
com a irmãzinha querida
que Papai do céu me deu.
(Elza Fraga )
Este poema não tem pretensões literárias,
não quer seguir carreira, ficar famoso...
A sua única intenção é esvaziar a dor!
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Um comentário:
Boa tarde Elza!
Vim te deixar um beijo
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