Eu tinha um homem,
atado a corrente
por pura vontade
[dizia, todo o santo dia,
é pra sempre]
Num dia de ventania
Soltei por caridade
ele, de um pulo só,
me abocanhou
na jugular
[sem titubear]
antes de sumir
no escuro da cidade
Coitada da próxima
que acreditar
no olhar tão triste
dentro da cara
fingida
[é chamariz]
e abrigar
por bondade
o infeliz
tá é phodida
(Elza Fraga)
2 comentários:
Elza, adoro seu humor poético, suas metáforas. Vc é demais, moça!
Beijo.
Oi, Lara
Eu gosto do poema bem humorado, mesmo que conte histórias tristes.
Até a desgraça tem lá a sua graça, rsrs.
Bitokitas .
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