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Sentada a beira do fio
o frio quebrando o osso
na cara só desconforto
estampado no vazio
a vida passando a frente
correndo com um fastio
de desmoronar vivente
nas farpas do precipicio
eu de protagonista
desta miséria indecente
nem dona do meu nariz
ainda
espero o excedente
olhando a margem da vida
pois tudo que agora existe
finda
Sempre tem um
bem mais torto
que as torturas da gente
e aparece gemente
com muito mais desvario
nesta seara terrena
e nos tira do holofote
nos joga fora da arena
e rouba a nossa cena.
(Elza Fraga)
3 comentários:
Elza, se é para roubar umacena triste, então q faça...
Rsrsrs, isso aí, Adriana, que se roubem as cenas tristes, só as tristes.
Bitokitas e até final de outubro.
é minha cara amiga!
os cães ladrama, a caravana passa e a gente fica com cara de besta. fazer o que né?... ara! seguir né!?
lindo teu poema!
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