domingo, novembro 19, 2006

MODERNIDADE



O retrato do caos

.
(Esta poesia foi feita especialmente para a
minha priminha de Marília, SP,
Mariana Fraga Santarelli.)

Rolando nossas próprias ribanceiras,
Somos as pedras na esteira do caminho,
Chegando ao estado imaginário,
Sinal vermelho – final de estrada
Ninguém mais segue...
Nada mais passa!

“Cada um por si!”
Agora é a hora
De se cortar, de vez,
com esta antiga história.
Ou se dá uma guinada radical
Ou vamos, todos, ser reféns do mal.

A violência, a guerrilha,
O lixo urbano...
A saudade do idealismo, tonto,
dos vinte anos.
A sanidade, companheira do passado,
Que ficou morando lá pra trás,
E esse caos a tudo revirando!

Neste mundo moderno
e meio louco,
gente esvaziada de valores,
infladas de egoísmo,
onde mais vale a sordidez e o cinismo,
em que nem se estende a mão para um amigo
por vergonha, timidez ou comodismo ...

É neste mundo que,
infelizmente,
terei que deixar meus amores,
meus afetos,
minha gente
– filhos e netos-
Que precursores imagino
de uma sociedade diferente;
quando tiver que fazer
minha saída
pela porta estreita,
da sorte ou da desdita,
que alguns, tolos,
chamam de morte
e eu, simploriamente,
chamo de Vida!

(Elza Fraga)

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa adorei vc ter colocado o poema aqui no blog, vc não faz ideia do quanto me ajudou, pois eu não achava nenhum poema como eu queria e vc acertou em cheio!!!!
Mil vezes obrigadaaaaa!!!!
Bjusss

Anônimo disse...

Depois de ler esse poema, tenho certeza de que quando vc sair de cena, sua gente terá tido tanta coisa bonita tua, que suas vidas terão um sabor doce...bem doce no meio dos azedumes dessa Vida!