VERSO INVERSO
Sou de palavra pouca, falo com olho, economizo boca
quinta-feira, novembro 17, 2011
A AFOGADA
Sentenciaram a poesia
a morte lenta
a deixaram
a revelia
batendo os cascos no cais
do esquecimento
E o poeta
mudo de fome
e frio
no mar do eternamente
quedou vazio
engoliu palavras
quieto
afogou o verso
Calou pra sempre!
(Elza Fraga)
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