Este cachorro inquieto
é muitissimo esperto.
Rói o osso
a descoberto
se não tem ninguém por perto
Dorme e ronca no sofá
Late quando estou dormindo
estraçalha os chinelos
faz xixi no meu jornal
come as plantas do quintal
avança em qualquer farelo.
Pula em cima das visitas
lambe, cheira, beija e grita
seu uivinho infernal,
rasga todas as revistas
Balança o rabo tão lindo
que ralhar
quem haveria?
E eu
sua presa confessa
não o trocaria
por nada
Esta criaturinha arteira
vale toda a trabalheira.
E em quantas vidas vier
quero trazer de amuleto
este branquinho travesso
Eu mereço!
(Elza Fraga)