sexta-feira, maio 11, 2007

BIPOLARIDADE






...Deixar-me e seguir sem ser,
apenas sendo menos eu,
e mais você,
sem saber ao certo
onde acabo, onde começo...

ૠৣৢॐৣৢૠ॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰॰

Tudo o que tenho
Para te falar
Trago no olhar

E nem percebes.

E me esmero
em tentar ser
o que tu queres
- o que eu
não quero –
pra te enredar.

E me empenho
Nesta luta vã,
- Sem amanhã –
dos meus dois eu:
O meu
e o teu

(Elza Fraga)

Um comentário:

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Elza, gostei muito deste poema, cheio de realidade dita de uma maneira que só os poetas conseguem. E, nele, está tudo tão explícito que, se mexer, estraga!

Um beijo, amiga.
Tais luso