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Quanto mais vida vivida
mais perdas,
mais descompassos...
Esparsos sonhos,
no tempo,
espalhados pelo vento...
Nunca a hora da colheita.
Nunca o abrigo que chega.
Nunca me expande o espaço.
Quanto mais vida vivida
mais tristezas
mais fracassos...
A alma morando ao relento,
tropeçando – passo a passo,
Na estrada do desalento.
Quanto mais vida vivida
Menos a vida seduz
Cada dia menos tempo.
Cada dia menos luz.
E a mágoa, a dor, o tormento
Chicoteando as feridas
-que tento manter escondidas-
Fazendo o peso da cruz.
(Elza Fraga)
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